Março Lilás: Conscientização e Prevenção ao Câncer do Colo do Útero

No mês em homenagem as mulheres, trouxemos uma importante referência da saúde da mulher no Amazonas para nos ajudar a entender melhor a respeito do Março Lilás, e qual a sua importância. A mesma nos concedeu uma entrevista com as perguntas mais realizadas pelas pessoas que tem dúvidas sobre o tema.

O que é o Março Lilás? 

O Movimento Março Lilás foi criado com o objetivo de conscientizar a população feminina sobre a importância de se prevenir contra o câncer do colo do útero, a doença crônica que mais mata mulheres no amazonas. 

Durante todo o mês, instituições de saúde pública e privada dos 62 municípios promovem ações para conscientizar as mulheres sobre os riscos de desenvolvimento da doença, sobre os sintomas e como se prevenir. 

As ações acontecem de formas distintas de acordo com cada município, mas todas possuem o mesmo objetivo: reduzir a incidência e o número de mortes por câncer de colo do útero e promover a prevenção desde cedo. 

Quais os principais sintomas do câncer de Colo do útero? 

No estágio inicial, o câncer de colo do útero geralmente não apresenta sintomas. Eles começam a aparecer no momento em que a doença já está se tornando invasiva, acometendo os tecidos próximos.  

Sintomas que precisam ser investigados: 

  • Sangramento e secreção vaginal anormal; 
  • Dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais; 
  • Sangramento menstrual mais prolongado; 
  • Sangramento após a relação sexual e dores durante a relação.  

Lembrando que os sintomas podem ser provocados por outras condições além do câncer de colo de útero, por conta disso, é necessário procurar um médico ginecologista imediatamente. 

Também é recomendado que após o início da atividade sexual, seja realizado o exame preventivo (Papanicolau), repetindo o processo anualmente. 

Explique sobre a importância do diagnóstico precoce? 

O diagnóstico precoce traz a cura de quase 100% dos casos, quase não modificando a estrutura física e emocional da paciente, por isso a importância de se realizar o exame Papanicolaou ou outros exames necessários para o diagnóstico e tratamento das lesões precursoras do câncer de colo do útero, encontrados no Sistema Único de Saúde do Brasil, na Atenção Primária de Saúde (APS) e na Atenção Secundária – Serviços de Referência para Colo Uterino (SRCs). 

Cancer do colo de utero
Marília Muniz, em uma ação solidária em parceria com a empresa Bemol

De que forma podemos nos prevenir do câncer de colo do útero? 

A principal forma de prevenção é a vacina contra o Papilomavirus Humano (HPV) que é o principal fator de risco de câncer de colo uterino e câncer de pênis, também. O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas e em 2017, para meninos. Esta vacina protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. 

Atualmente, o grupo etário alvo da vacina são as meninas e os meninos com idade entre 9 e 14 anos, pois esta vacina é mais eficaz se usada antes do início da vida sexual. Devem ser tomadas duas doses, com intervalo de seis meses. Grupos especiais, como pessoas com imunodeficiência causada pelo HIV, devem seguir orientações específicas. Para mulheres com imunossupressão, vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade. 

Quais são os principais tratamentos? 

O tratamento dependerá do estágio que foi diagnosticado câncer de colo do útero. As abordagens mais usadas são as cirurgias que acontecem quando o tumor está restrito à região do colo do útero e leva à cura na maioria dos casos. Às vezes, pode ser complementada com a radioterapia. Em casos mais avançados, o médico vai avaliar se vai ser necessário remover útero, ovários e outros tecidos próximos. 

cancer de colo de utero 2
Marília Muniz em ação de conscientização contra o câncer

Essa matéria foi elaborada em colaboração com Marília Muniz, enfermeira oncologista da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), atual Coordenadora Estadual da Atenção Oncológica e, atual presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas. Se ainda ficou com dúvidas e quer saber mais, entre em contato através do instagram do seu instagram clicando no link.

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Marília Muniz, enfermeira oncologista da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), atual Coordenadora Estadual da Atenção Oncológica e, atual presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas

Até o próximo post!

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